
O
filme “Os Miseráveis” – 8 indicações ao Oscar, incluindo o
Melhor Filme – é adaptado do livro de mesmo título que trata-se
de uma das principais obras do famoso escritor literário Victor
Hugo. A obra foi publicada pela primeira vez em 3 de abril de 1862,
simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã,
Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris. A história se passa na França do
século XIX entre duas grandes batalhas: a de Waterloo e os motins de
junho de 1832. Daqui resulta, em cinco volumes, a vida de Jean
Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno
dele giram algumas pessoas que dão seus nomes para os diferentes
volumes do romance, testemunhando a miséria deste século: Fantine,
Cossete Marius, Thénardier e o inspetor Javert.
Os
Miseráveis, filme sobre direção de Tom Hooper (de “O Discurso do
Rei”), retrata a história com tamanha competência e carga
dramática que torna-se impossível não sofrer junto com o
protagonista (Hugh Jackman). Se torna muito fácil a imersão na
trama e sentir a sua dor, ponderar os seus questionamentos e, junto a
ele, chegar à decisão de deixar o passado para trás e reescrever
os rumos da própria vida. O diretor utiliza de tomadas de câmeras
tão intensas quanto a história e os personagens que pertencem a
ela. Cada frame é exibido como uma obra de arte, como uma pintura
minuciosa, mostrando um verdadeiro show dos atores, principalmente de
Hugh Jackman e Anne Hathaway, que interpreta Fantine.
A
Fantine de Anne Hathaway é intensa e visceral. E a atriz mostra
porque ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante. A dor da
pobre Fantine salta dos poros da atriz, escapa pelos seus olhos e
literalmente explode na canção que está no clímax de seu
sofrimento. É impressionante a força e a entrega da atriz naquele
momento. Se posso descrever a cena em uma palavra: Esplendorosa. A
canção “I dreamed a dream” ficou conhecida do público em geral
pela interpretação de Susan Boyle em um programa de auditório.
A jornada de Jean Valjean é sofrida em cada instante. Ele é um homem bom de coração que é preso por 19 anos ao roubar um pão para dar de comer a seu sobrinho. Percorremos com ele durante sua história de redenção. Encaramos com naturalidade o constante peso sobre os seus ombros. Não importa quanta gente ele ajude ou quanto bem ele faça, ele nunca consegue se livrar do passado que o assombra na figura intolerante e preconceituosa do inspetor Javert (Russel Crowe). Ao se ver prestes a ser preso novamente por Javert, Valjean decide se entregar, mas a dor e o sofrimento de Fantine e de sua filha Collete, fazem com que ele decida fugir e dedicar a sua vida à pequena menina.
Valjear
encontra a salvação na fé e na certeza de que seus atos trarão
redenção e pagarão seus erros, enquanto o inspetor Javert crê
apenas no caminho da lei e da justiça divina para punir os
infratores e criar um mundo mais puro. Então percebe-se o trabalho
de um bom roteiro e a sabedoria do diretor, que foram capazes de
manobrar em meio a tantas camadas de compreensão, tantas leituras do
texto original e um elenco com estilos bem distintos.
Tecnicamente
o filme é impecável. As músicas cabem bem em cada momento da narrativa. Os
cortes e a edição também mostram-se impecáveis, assim como os
figurinos e a ambientação. Mas o destaque fica mesmo com a direção
de Tom Hooper, que conseguiu extrair interpretações tão
extraordinárias dos atores. É possível ver no olhar de cada um
toda a dor que seus personagens sentem.
Por
ser um musical estrelado por astros de Hollywood não poderíamos
esperar grandes expressões vocais nas canções. Muitos espectadores
e críticos de cinema, detestaram a participação de Russel Crowel
nas músicas – Desafinado foi o insulto mais leve. Mas eu fui tão
impactado com a interpretação de Hugh Jackman na maravilhosa cena
de abertura e na do monastério, que entendi que o foco do filme não
era o primor vocal dos participantes.
Mas
então porque tantas pessoas queixaram-se de “Os Miseráveis”? As
maiores reclamações que leio são as seguintes: “É um musical, e
musicais são chatos”, “o filme é longo demais”, “Poxa, eles
cantam o tempo todo!”... Eu concordo que em alguns momentos o longa
torna-se, digamos, estranho. Principalmente na parte onde aparecem os
personagens Madame e Monsieur Thénardier (Helena Bonham Carter e
Sacha Baron Coher, respectivamente). Eles por si já são caricatos
demais, e contexto em si – na minha opinião – pioraram essa
impressão. Essa parte do filme, para mim, pareceu, interminável. E,
sinceramente, essa é a única ressalva que faço do filme.

Os Miseráveis é filme, musical, drama, uma obra de arte em vários sentidos da palavra. É lindo, emocional e tem ótimas apresentações. Super indico.
Acompanhe o trailer do filme:
Curtiu a resenha do filme? Quer sugerir alguma obra do cinema que não sai da sua lista de favoritos? Deixe aqui nos coments sua avaliação e sugestão!
Ficamos por akiie! Até a próxima! :D
By: Vic Lima
FILME LINDO, MTO BOM, EMOCIONANTE D+++
ResponderExcluirSem dúvidas... éh um filme mto boom! ^^
ExcluirMereceu a indicação a Melhor Filme no Oscar! =D